terça-feira, 28 de abril de 2009

Romaria em homenagem a Nossa Senhora da Encarnação

Vídeo retirado do blog Valdeveiro.









Fonte:http://valdeveiro.blogs.sapo.pt/26445.html

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pelo antigo concelho de São Vicente da Beira

por João Marinho dos Santos
Prestando atenção à economia e à demografia das freguesias que, em meados de Setecentos, integravam o concelho de São Vicente da Beira, colhemos informação que nos permite desenhar as seguintes imagens.
O lugar de Freixial do Campo, segundo o respectivo cura, estava confinado, então, a «uma so rua», com 38 “fogos”, embora a paróquia contasse mais dois “casais” com 19 “fogos”, o que perfazia 57. Reconheça-se que é já o “campo” (patente aliás na designação do lugar) ou um “vale”, no dizer do informador, que estrutura o território desta freguesia. Contudo, a proximidade à “charneca” é ainda grande, pelo que, confinando com Almaceda, tinha, como principais produções, o centeio, o feijão-frade e o azeite.
A leste de São Vicente da Beira e, portanto, igualmente bem integrado nas abas meridionais da Gardunha, o lugar de Louriçal do Campo, naquela época com um fundo demográfico relativamente considerável (147 “fogos” ou “vizinhos”) e sem povoações anexas, colhia também, em «mediana abundância», alguns frutos próprios da “charneca” e do “campo”, a saber: centeio, milho grosso, feijão, castanha e azeite. Assinale-se, contudo, que a rocha dominante já é o granito, com a vantagem da produtividade da “fazenda “de solos arenosos contar, e muito, com a fecundidade do maior curso de água da zona – o Ocreza.
Ninho do Açor, a sul de São Vicente da Beira, continua(va) a ter, por sítio, mais «de montes que de vales, ou campina», no dizer do cura que assinou as respostas ao questionário de 1758. Deste modo, o retrato paisagístico Setecentista, que poderemos debuxar, assemelha-se ao de Louriçal do Campo, ou seja, o centeio, o feijão e o azeite constituíam o suporte económico dos cerca de 40 “vizinhos” ou “fogos” que residiam no lugar, sem qualquer povoação anexa.
Póvoa de Rio de Moinhos também não dispunha, então, de qualquer aglomerado populacional sufragâneo, mas a dimensão demográfica da freguesia (150 “fogos” com cerca de 500 pessoas) concorria, por certo, para que fosse «concelho sobre si», ou seja, para que tivesse jurisdição própria em tudo o que pertencia ao foro cível. Em termos económicos, a leste de Tinalhas e já mais próxima do coração do “campo” albicastrense, a Póvoa produzia, a par do centeio, do milho, do feijão e do azeite, um bem susceptível de ser mercantilizado – o vinho. Aliás, o número de equipamentos industriais instalados, então, nos limites desta freguesia e a sua diversidade (moinhos, pisões, lagares de azeite, “tintas” ou tanques de tingir) indiciava sobre a riqueza do respectivo “campo”.

Matrícula dos Moradores, 1779: um retrato social

A boa administração do Reino tornou-se um objectivo do poder central, na segunda metade do século XVIII. Mas para bem governar era imperioso conhecer e por isso se ordenou a contagem da população.
Foi o juiz de fora de S. Vicente da Beira quem coordenou o registo dos moradores da Póvoa, na sequência da matrícula dos moradores daquele concelho, embora a Póvoa fosse um concelho à parte. Certamente foi coadjuvado pelas autoridades da Póvoa, as quais terão registado os moradores desta vila.
O documento encontra-se no Arquivo Distrital de Castelo Branco, fundo da Câmara Municipal de S. Vicente da Beira, “Matrícula dos Moradores da Vila e Termo”, livro 1779, maço 35. Foram apontados o nome de cada chefe de família, o seu estado civil, o número de filhos ou outras pessoas que com ele vivam e a actividade económica ou profissional que garantia o sustento da casa.
A Póvoa contava, em 1779, 167 agregados familiares, num total de 520 habitantes. A média, por família, era de 3,1 pessoas, o que constitui um valor abaixo da média no Reino, que rondava as 3,5 pessoas por agregado familiar.
Nesta época, ainda eram frequentes as mortandades, por má alimentação, falta de higiene e poucos conhecimentos da ciência médica. De anos em anos, morriam quase todas as crianças e por vezes também grande número de jovens e adultos. Por isso, a população não aumentava, as famílias tinham poucos membros e a esperança de vida pouco passava dos 40 anos.
Quanto ao estado civil, 23 (14%) famílias eram chefiadas por pessoas solteiras, 99 (59%) formavam casais e 45 (27%) por pessoas viúvas. Nos casados, incluímos duas mulheres abandonadas pelos maridos.
Elas surgem em reduzido número, pois o chefe da família era quase sempre homem. As mulheres chamavam-se: Ana, Angélica, Catarina, Domingas, Engrácia, Francisca, Isabel, Joana, Joaquina, Josefa, Leonor, Maria, Maria da Conceição, Maria do Carmo, Margarida, Perpétua, Quitéria, Rita, Teodora e Vitória. Os nomes masculinos mais usados eram Manuel (33), José (14), Domingos (13), António (7), Francisco (7) e João (6). Quanto aos nomes de família, os habitantes da Póvoa distribuíam-se por mais de 50 apelidos.
Nesse tempo, os apelidos variavam em género. Havia o Domingos Leitão e a Margarida Leitoa, o João Franco e a Maria Franca. Se o pai e o filho tinham o mesmo nome, distinguiam-se assim: António Marques Carolo o velho e António Marques Carolo o moço.
Aos nomes de alguns moradores foram acrescentadas as alcunhas, para melhor os identificar. Alguns exemplos: António Alves Alferes, Domingos Franco Passarinho, José Fernandes Papudo, Manuel Alves Medelim, Manuel Fernandes Bronco, Manuel Fernandes Ferros, Manuel Vaz Almaceda e Maria Nunes da Estalagem.
Nos homens, não se fez distinção social, mas uma viúva destacou-se de todas as outras mulheres pelo título. Era a Dona Perpétua, tinha três filhos e vivia da lavoura. Uma outra mulher também foi diferenciada, mas por outro motivo. Chamava-se Josefa de Mena e era muda.
Em próximo artigo, faremos o retrato socioeconómico da Póvoa, a partir do mesmo documento.
José Teodoro Prata


Fonte:http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=176&id=13393&idSeccao=1782&Action=noticia

Jubileu dos Consagrados

No dia 1 de Maio, no Carvalhal (Souto), realizam-se as celebrações diocesanas dos Jubileus dos Consagrados. No que toca aos sacerdotes faz 25 anos de ordenação o Pe. João da Rosa Ferreira, a trabalhar na Casa do Gaiato, natural desta localidade. Fariam 50 anos de Ordenação os Reverendos Padres José Eusébio, do Vale da Torre, Tomás Farinha, da Póvoa de Rio de Moinhos, ambos já falecidos. Faz também 50 anos de ordenação o padre Manuel Duarte Luís, da Lardosa, que entretanto pediu dispensa do exercício do sacerdócio ministerial. No que toca a religiosas há notícia de alguns jubileus de bodas de prata e de oiro; neste momento sabemos das Bodas de Prata da Irmã Maria da Conceição Fernandes, a trabalhar em Arronches.
A celebração da Eucaristia no Carvalhal, pesidida pelo sr. Bispo da Diocese, está prevista para as 11H00.

Fonte:http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=176&id=13340&idSeccao=1788&Action=noticia