segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Já começaram as obras da Biblioteca da Póvoa.

Ver em : http://valdeveiro.blogs.sapo.pt/45419.html

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quando se é diferente entre iguais

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, dia 3 de Dezembro, foi comemorado em alguns agrupamentos escolares.

O Núcleo de Ensino Especial e Serviços de Psicologia e Orientação do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva realizou sexta-feira, dia 3 de Dezembro, uma actividade no âmbito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Pretendeu-se com a iniciativa sensibilizar a comunidade escolar para a problemática da deficiência e para a necessidade urgente de “deixarmos de ser indiferentes perante a diferença”.

O Agrupamento de Escolas José Sanches de Alcains desenvolveu várias actividades, quer na escola sede, quer nas de Póvoa de Rio de Moinhos, Tinalhas, Escalos de Cima, Lousa e Lardosa. Mas também no Infantário do Centro Regional de Segurança Social, Jardim-de-Infância e Escolas do 1º, 2º, 3º Ciclo e Secundária. Ainda em Alcains, no âmbito do Programa Escola Alerta, os alunos tiveram contacto com uma iniciativa sobre linguagem gestual.

Também em Idanha-a-Nova, o Dia da Pessoa com Deficiência foi assinalado com a história “A Arca de Ninguém”.

Os alunos da EB1 de Penamacor realizaram uma visita à Penazeites, onde se inteiraram do ciclo da azeitona até chegar ao ouro líquido.

Aos alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão aproveitaram a visita da ministra da Educação, Isabel Alçada, ao seu concelho, para inaugurar a Biblioteca Municipal, para lhe fazer uma entrevista, que vai ser publicada na íntegra no jornal escolar, mas fica também no site do Reconquista.

O Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco brilhou com dois projectos seleccionados para a festa final do concurso “A Europa no Mundo”. Já a 5.ª Semana da Leitura, que decorreu de 29 de Novembro a 4 de Dezembro, apresentou-se recheada de actividades. Mas o Agrupamento lançou ainda, esta semana, o livro “Castelo Branco – Habitat das Cegonhas”, que surge na sequência do projecto com o mesmo nome, que foi premiado a nível nacional, no concurso Ambiente e Cidadania no âmbito das Olimpíadas do Ambiente. E a pensar no ambiente, dia 10, alunos, professores e funcionários deslocaram-se a pé para as escolas do Agrupamento, no âmbito do projecto “Mobilidade para Escola na Cidade de Castelo Branco”, com o apoio da Escola Superior de Tecnologia e da Fundação Gulbenkian, uma iniciativa que pretendeu sensibilizar a comunidade educativa para a necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.

A Biblioteca Escolar Afonso de Paiva promoveu novamente, pela primeira vez este ano lectivo, um Ateliê de Animação de Leitura, inserido no âmbito da actividade Porta Aberta. Desta vez a iniciativa decorreu na Escola Básica do Castelo.

Já na EB de São Tiago, o Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva vai realizar, de 9 e 17 de Dezembro, na Biblioteca da Escola, a 2ª Feira do Livro, vocacionada prioritariamente para a comunidade escolar.

A Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca, em Proença-a-Nova assinalou, a 23 de Novembro, data natalícia de Rómulo de Carvalho, o Dia Nacional da Cultura Científica, homenageando o cientista e, paralelamente, o poeta António Gedeão (seu pseudónimo literário), uma iniciativa que se prolongou pelo dia 25, com uma palestra intitulada “Conversa sobre Ciência”.

Já a Escola da Sobreira Formosa juntou os alunos e familiares para o tradicional Magusto, no Dia de São Martinho.

Os alunos do Curso Profissional Técnico de Apoio à Infância desenvolveram, dia 17 de Novembro, um conjunto de actividades alusivas à comemoração do Dia do Não Fumador, na Escola Secundária de Nuno Álvares, em Castelo Branco. Já na Biblioteca Egas Moniz, na ESNA, dia 9 de Dezembro, realizou-se uma sessão de apresentação do Plano Director Municipal (PDM) do concelho de Castelo Branco, destinada a alunos do curso de Línguas e Humanidades. Uma actividade promovida pelas professoras da disciplina de Geografia A e orientada por Edite Candeias, técnica superior da Divisão de Planeamento e Urbanismo da Câmara Municipal de Castelo Branco.

A Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão vai promover, dia 7 de Dezembro, a iniciativa “Sabores de Outono”, no sentido de promover a escola, mas também alguns produtos desta época.

Ainda esta semana, os alunos do 1.º, 2.º e 3.º ano do Curso de Animador Sociocultural da Etaproni, de Nisa, realizaram, dia 13 de Dezembro, no Cine Teatro local, uma apresentação dos seus trabalhos desenvolvidos no âmbito da disciplina de Área de Expressões, vertente Dramática, no âmbito da qual conceberam os três sketches apresentados, intitulados “Viver o Natal... Hoje!”.

Alguns alunos da Escola Tecnológica e Profissional da Sertã visitaram, dia 9 de Dezembro, a FIL, em Lisboa, onde decorreu, até 11 de Dezembro, o Campeonato Europeu das Profissões. Já no dia 11, na Sertã, outro grupo de alunos assinalaram, com uma visita ao Alto da Bela Vista, o Dia Internacional da Montanha.


Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=262&id=25026&idSeccao=2928&Action=noticia

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Comissão Instaladora assume Centro de Dia

A Comissão Instaladora do Centro Social dos Beneméritos da Póvoa de Rio de Moinhos tomou posse do Centro de Dia da localidade no passado dia 1 de Dezembro.

Composta por cinco elementos: Rui Lopes, Lucinda Martins, Manuel Henriques, Francisco Damião e Luís Goulão, esta comissão destaca a boa vontade, disponibilidade e ajuda da Direcção do Centro Social e Paroquial Padre Campos, em especial do Bispo da Diocese, D. Antonino Dias e do Padre Varão, que tornaram esta realidade possível.

“Vivemos actualmente tempos de mudança e de exigências, pelo que o Centro Social dos Beneméritos da Póvoa de Rio de Moinhos conta com o empenhamento e dedicação da sua directora técnica, Maria João Figueiredo, que será um dos rostos da Instituição”, refere a comissão.

Esta Comissão Instaladora pretende oferecer um serviço de qualidade e diversidade aos seus utentes. Assim, a partir do dia dois de Janeiro o Centro de Dia estará aberto num horário alargado das 8H30 às 20H30 durante os sete dias da semana. Actualmente com 18 utentes, o Centro quer fazer uma forte aposta na qualidade do apoio domiciliário, pelo que, em breve, este número deverá aumentar.

Em Janeiro decorrem as primeiras eleições para os Órgãos Sociais da Instituição, que até ao momento tem sido gerida por uma Comissão Instaladora, com o auxílio de 18 sócios fundadores. Esta Comissão Instaladora tomou posse em Outubro de 2009 por um período de dois anos, mas entende que devem ser feitas eleições para o próximo triénio, uma vez que o objectivo que se propunha cumprir foi amplamente atingido. A Associação conta na presente data com 110 sócios, um número que se espera que seja aumentado e que reunirão em Assembleia Geral no dia 8 de Janeiro.
Fonte:http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=261&id=24941&idSeccao=2918&Action=noticia

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Restaurantes aderentes à Semana do Cabrito

Por: Lídia Barata

São os seguintes os restaurantes aderentes à Semana do Cabrito organizada pela Acicb entre 28 de Junho e 4 de Julho, bem assim como as sugestões turísticas que se fazem para o mesmo período: 28 de Junho: Almoço – Restaurante “Praça Velha”. Sugestão turística: visita ao Museu Cargaleiro. Jantar – Restaurante “English Savoy”. Sugestão turística: Desfrute de um passeio de barco no Tejo durante a tarde. Dia 29 de Junho: Almoço – “Restaurante Srª de Mércules”. Sugestão turística: Conheça a Ermida da Nossa Senhora de Mércules. Jantar – Restaurante “Pinguim”. Sugestão turística: Capela do Espírito Santo. Dia 30 de Junho: Almoço – “ Hotel Rainha D. Amélia - Restaurante Varanda Real”. Sugestão turística: Visite o Museu Francisco Tavares Proença Júnior. Jantar – Restaurante “Encosta do Castelo”. Sugestão turística: Visite o Castelo da cidade. Dia 1 de Julho: Almoço – Restaurante “Telheiro”. Sugestão turística: Conheça o Jardim do Paço. Jantar – Restaurante “Palitão”. Sugestão turística: Sé Catedral da Castelo Branco. Dia 2 de Julho: Almoço – “Restaurante o Ferreiro”. Sugestão turística: Museu de Arte Sacra e a Igreja da Sr.ª da Graça. Jantar – “Restaurante “Subúrbio”. Sugestão turística: Zona de Lazer e respectiva lagoa. Dia 3 de Julho: Almoço – Restaurante “A Forja do Ferreiro”. Sugestão turística: Parque da Cidade. Jantar – Restaurante “A Muralha”. Sugestão turística: Conheça a Muralha de Castelo Branco. Dia 4 de Julho: Almoço – “Herdade do Regato” (Póvoa de Rio de Moinhos). Sugestão turística: Descubra a Barragem de Stª Águeda. Jantar – Restaurante “Domus”. Sugestão turística: Um passeio pelo Centro Cívico de Castelo Branco.

Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=237&id=21905&idSeccao=2594&Action=noticia

A última forneira

Póvoa de Rio de Moinhos, ao contrário da maioria das aldeias da região, não tinha forno comunitário. No entanto, havia vários fornos a que as mulheres recorriam para cozer o pão e fazer os bolos por alturas das festas, o da Casa Fonseca, o da Sr.ª D. Isabel e o do Sr. Francisco Vaz. O último destes fornos a funcionar para o “povo” situava-se na Rua do Forno e era propriedade da família Fonseca. As pessoas que o usavam pagavam a poia, este pagamento era feito em bolos ou pão. A última forneira, Vitória dos Ramos tratava do forno. O marido e a filha, Olívia, iam à lenha para o forno, que era essencialmente giestas e codeços, que arrancavam nos terrenos dos patrões.

Quando alguém queria cozer pão, dirigia-se a casa da forneira para buscar a massa levedada, porque na época não havia fermento. Então era ela que guardava numa tigela alguma massa levedada que era entregue à cliente, que antes de cozer o pão deixava novamente a tigela, ou malga (como se diz na Póvoa), com massa levedada para ser utilizada pela cliente seguinte.

Como era o único forno ao serviço da comunidade, no final da década de 60 princípios de 70, por altura das festas era preciso agendar o dia em que se cozia com alguma antecedência. Apesar da ti Vitória não saber ler conseguia conciliar as coisas para que ninguém ficasse prejudicado e toda a gente pudesse cozer. Por isso o forno começava a arder de manhã bem cedo e terminava pela noite dentro, iluminado por uma candeia de petróleo. Como havia muita gente a cozer ao mesmo tempo, porque o forno era grande, ela mandava colocar um pedaço de giesta ou codeço nas latas de uma das clientes, para depois de cozidos diferenciarem os bolos, o mesmo acontecendo no pão.

O forno era composto por duas divisões, uma com entrada para a rua do Forno, e que dava directamente para o forno, espaço grande, com bancadas grandes em pedra, onde se colocavam as latas com os doces, os tabuleiros de pão e onde se amassava. A outra, separada desta por uns degraus era onde se armazenava a lenha que os carros de bois descarregavam na rua da Fonte. A lenha muitas vezes chegava quase ao tecto que era bem alto, revelando o trabalho difícil da Olívia.

Apesar da ti Vitória ser apenas forneira, ensinava muitas vezes a fazer os bolos, porque a massa estava muito branda e precisava de farinha ou porque eram precisos mais ovos. Falava alto e gesticulava muito! Trabalhou até ao final da sua vida no forno, apesar da doença que a atormentava.

No final do dia, a ti Vitória dirigia-se a casa da Senhora (patroa) para lhe entregar as poias. Dividiam os produtos entre as duas, duas partes para a “Senhora” e uma para ela. Como recebiam muitos pães e bolos vendiam-nos depois a quem não cozia.

Com a emigração e as mudanças sociais novos fornos foram construídos na Póvoa. Hoje já não há a profissão de forneira. No entanto, são muitas as pessoas que cozem o pão e os bolos, nos seus próprios fornos, por isso na semana da Páscoa são várias as ruas onde cheira a bolos, uma tradição que ainda se mantém, na nossa terra.

O forno foi demolido e no seu lugar construiu-se uma habitação. Para a memória fica apenas o nome da rua, “Rua do Forno” e a lembrança dos mais velhos da Vitória dos Cotovios, a última forneira da Póvoa.

Lucinda Martins

Fonte:http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=237&id=21987&idSeccao=2597&Action=noticia

Bodas de oiro sacerdotais

No dia 27 de Junho a comunidade de Póvoa de Rio de Moinhos, celebrou em festa íntima os 50 anos, da vida sacerdotal, bodas de oiro, do seu pároco Pe. José Nunes Teresa Varão.

Digo íntima por ser da comunidade cristã e ter apenas o essencial: às 12 horas na igreja paroquial, artisticamente ornamentada, celebrou a Eucaristia com liturgia preparada: leitores, salmista, coro com músicas preparadas para toda a assembleia participar. Presidiu o pároco e concelebrou o Pe. Henrique da Cruz Monteiro, representando padres amigos que devido à hora, sendo domingo não puderam concelebrar.

No ofertório com o pão e o vinho, seguiram ofertas ao Pe. Varão, salientamos a oferta da comunidade da Póvoa e de Tinalhas e presente na representação de trinta pessoas, um computador portátil.

Após a Eucaristia bem vivida e sentida seguiu-se um almoço partilhado por uma centena de pessoas, no salão da Junta de Freguesia.

Ouvimos palavras de apreço e amizade pelo trabalho do Pe. Varão e foram ofertadas lembranças, salientamos o prato de faiança com o emblema da Póvoa, ofertada pela sra. Presidente da Junta de Freguesia e salientamos pelo seu significado uma grande lanterna. Às 16 horas foram cantados os parabéns ao homenageado e partido o bolo.

Assim assinalaram as Bodas Sacerdotais de Oiro, as comunidades da Póvoa – Tinalhas – Cafede

Fonte:http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=240&id=22356&idSeccao=2642&Action=noticia

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Benfiquistas em Festa

Cerca de 70 benfiquistas celebraram, dia 29 de Maio, a festa de Campeões Nacionais da Época de 2009/2010 end_of_the_skype_highlighting, em Póvoa de Rio de Moinhos, numa jornada plena de convívio e actividades.

Os festejos tiveram início pelas 8H30 com a concentração dos participantes no Largo da Devesa, seguindo em caravana pelas ruas da aldeia, aldeias vizinhas e Castelo Branco. O almoço foi servido no Salão da Junta e a tarde contou com jogos tradicionais como jogo de malhas, petanca, futebol de cinco e jogos de cartas. Durante a tarde e jantar a animação musical esteve a cargo do Grupo CucoMusical, de Louriçal do Campo.

Da ementa fizeram parte pratos como o creme de cenoura Nacional à Machado, ou bacalhau à Braga com Paciência, ou ainda grelhada mista à Bettencourt. E como sobremesas a tigelada à Luisão e o pudim de ovos à Di Maria.

A organização esteve a cargo de Hélio Pereira, João Paulo Martinho, José Dias Freire e Manuel Henriques Morais. O dia terminou com o bolo e champanhe da comemoração da vitória no campeonato, e com a nomeação da nova comissão de festa de celebração de vitória no campeonato, que esperam todos, seja já no próximo ano, a saber Fábio Morais, Joaquim Jerónimo, José Pedro Silva e Roberto Dias.

Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=235&id=21698&idSeccao=2575&Action=noticia

Medicamentos naturais

A par com a Fitoterapia sempre existiram as superstições, as mezinhas e as crenças, isto é a cura da doença associada ao mito e à religião. Por volta dos anos 60 e 70 era prática corrente na Póvoa envolver o pescoço da criança com papel pardo untado com gordura de galinha aquecida para tratar a Parotidite Infecciosa, popularmente conhecida como papeira, uma doença da infância, de transmissão respiratória.

Na Póvoa para a cura do “Cobrão", no dizer das suas gentes, uma afecção cutânea, lateral ou circulante do peito ou abdómen, que em medicina, se designa por “Zona” (virose provocada por uma variante do vírus do herpes) recorria-se a uma mezinha: a afecção cutânea é benzida com azeite, em pernão (leia-se número ímpar), dizendo a seguinte reza:

“Pedro e Paulo foram a Roma Jesus Cristo encontrar, Jesus lhes disse há lá muito ezipo, muito mais haveria se não houvesse quem retalharia, eu retalho cobra, cobrão, alsepão, aranha, aranhão com azeite virgem, não junte o rabo com a cabeça, em louvor a São Silvestre, e não faz coisa que preste” e terminando com a oração do “Pai-Nosso”.

E com muitas mais mezinhas nos deparamos ainda hoje na Póvoa: sempre que alguém coze o pão a lenha tem por hábito benzer a massa ao mesmo tempo que diz: “Nosso Senhor te levede, Nosso Senhor te acrescente, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”; beber aguardente de medronho com mel quente constitui uma mezinha para constipações; água salgada morna, em gargarejos, é usada para inflamações de garganta (o acto de gargarejar assim como o calor da água estimulam a circulação de sangue local, enquanto que o sal actua como anti-séptico); um banho quente de água salgada serve para descontrair e um banho de pés em água quente, com sal, é útil em situações de problemas circulatórios e insónias.

A partir do século XX, deu-se o exponencial desenvolvimento da indústria farmacêutica, mas, e ao contrário do que se possa pensar, as plantas não foram postas de parte. Ao longo de centenas de gerações as propriedades terapêuticas das plantas foram sujeitas a uma contínua comparação e avaliação, razão pela qual não é de surpreender que a ciência moderna confirme regularmente propriedades curativas que foram descobertas há centenas de anos. Por exemplo o salgueiro-branco contém na sua casca a salicina, a substância química que levou à descoberta do ácido acetilsalicílico, (a substância activa da Aspirina), usado como analgésico, anti-pirético e anti-inflamatório. Nas sociedades industrializadas os medicamentos feitos a partir dos recursos naturais, e apresentados sob a forma de chás, ampolas, comprimidos, cápsulas, cremes e pomadas, estão a aumentar de popularidade, não como uma criação de “moda nova”, mas como o reemergir de uma prática antiga e universal.

O conhecimento do homem sobre as propriedades curativas das plantas reflecte-se numa notável evolução cultural e intelectual da civilização humana, ao nível das várias terapêuticas, sendo disso testemunha as várias gerações de Póvoa de Rio de Moinhos.

Paula Maria Ramos Martinho Figueiredo


Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=234&id=21524&idSeccao=2565&Action=noticia

Informática para todos

A acção de formação de Formações Modulares Certificadas, que decorreu na Junta de Freguesia de Póvoa de Rio de Moinhos, terminou no passado dia 29 de Abril.

Esta acção foi realizada pela FDTI – Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação em colaboração com a autarquia local. A Junta de Freguesia da Póvoa de Rio de Moinhos tem já agendadas outras formações, na área da informática, tais como ATL – Sénior para jovens maiores de 50 anos que decorre durante o dia e Photoshop que se iniciará do dia 17 de Maio, em horário pós laboral. Para mais informações e inscrições os interessados podem contactar a Junta de Freguesia.


Fonte: Jornal Reconquista - Terras - Informática para todos em Póvoa de Rio de Moinhos

Póvoa retoma festejos de Santa Águeda

A freguesia de Póvoa de Rio de Moinhos vai estar animada entre 9 e 12 de Junho, com os festejos em honra de Santa Águeda.

Depois de um interregno, regressa esta festa realizada pelos jovens que foram à inspecção, em Fevereiro passado, ajudados pelas raparigas do mesmo ano de nascença.

“Hoje em dia é cada vez mais difícil levar a cabo esta iniciativa, uma vez que a maior parte dos jovens já se encontram fora, a estudar, e esta é uma altura complicada de testes e frequências”, como reconhece a presidente da Junta, Lucinda Martins.

Mas, este ano os jovens quiseram retomar a festa, com os pais na retaguarda.

Aqui não faltam os tradicionais tabuleiros, que na Póvoa constam de carne, vinho, bolos, pão, fruta e chouriço. Os tabuleiros são transportados durante a procissão enquanto a imagem da Santa e a bandeira é levada pelos jovens da comissão.

Para este ano foi preparado um programa que começa na quarta-feira, dia 9, a partir das 17H00. Nessa noite está marcada a actuação de Filipe Nunes, “O Arraiano”, a partir das 21H30. Na quinta-feira, decorre a missa, em honra de Santa Águeda, pelas 12H00, seguida da procissão acompanhada pela Banda Filarmónica de Tinalhas. Às 18H00 decorre o terço, que se realiza também na sexta, à mesma hora.

À noite, a partir das 21H00 actua Manuel Emídio e a partir das 2H00 sobe ao palco o grupo “A way to desapear”.

No dia 11, sexta-feira a noite é animada pelo grupo “Oásis” e no sábado pelo “Kompanhia”. Nesta noite, pelas 23H00 decorre o leilão e logo depois serão sorteados os prémios das rifas e entregues os prémios da Prova de Derrube que se realiza no dia 9.

No sábado de manhã está agendado, ainda, um percurso pedestre pela Barragem de Santa Águeda, com almoço. A concentração é às 9H00, junto à Capela. Esta actividade decorre com o apoio das Associações Outrém e de Rádio Amadores da Beira Baixa.

Fonte : http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=234&id=21523&idSeccao=2561&Action=noticia

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Casamento, números e costumes

O último artigo publicado sobre a Póvoa de Rio de Moinhos deu conta de um projecto que está em desenvolvimento e que utiliza preferencialmente registos paroquiais*. Com os dados apurados já se apresentaram conclusões interessantes a partir das informações coligidas pelos párocos nos actos de baptismo (Luís Duque Vieira) e de óbitos (Vitor Carvalho). Hoje apresentamos uma outra variável demográfica, o casamento – o acto jurídico pelo qual se forma um novo núcleo familiar.

O arquivo distrital guarda registos paroquiais de mais de 700 casamentos celebrados na Póvoa em cerca de 130 anos, 1773-1905. No início, entre 1773 e 1800, foram realizados 132 casamentos, sendo 102 de indivíduos solteiros, 116 de solteiras, 24 de viúvos e 21 de viúvas. Por estes dados verificamos que era elevado o número de segundos casamentos o que se explica pelo suporte material que a família então representava e a necessidade de manter um círculo familiar onde se criassem os filhos que tinham ficado órfãos.

Os meses do ano mais escolhidos para casar foram aqueles em que não havia tanto trabalho agrícola a exigir o trabalho das famílias e, assim, encontramos os meses de Inverno e a Primavera como os mais preenchidos.

Um outro aspecto a salientar é o das terras de naturalidade dos noivos. Maioritariamente casaram-se com pessoas da terra ou de pequena distância. Nestes tempos mais antigos, final do século XVIII, encontramos noivos e testemunhas originários de diversas freguesias do actual concelho de Castelo Branco, alguns de outros concelhos do actual distrito e ainda dos distritos da Guarda e de Portalegre. Significa isto que as relações sociais dos habitantes da Póvoa se estabeleciam de preferência nas regiões do interior do país já que as vias de comunicação para o litoral ofereciam maiores dificuldades.

No século XIX, nas seis primeiras décadas, não se alteram significativamente os dados referentes ao casamento: os inícios do Outono e o Verão são os menos apetecíveis para as celebrações, continua elevado o número de segundas núpcias, pouco se alarga o âmbito geográfico dos nubentes e permanece a ausência de alianças com citadinos.

Depois desta data passa a haver dados relativos à idade dos noivos. Nuns e noutros, homens e mulheres, os casamentos realizaram-se maioritariamente entre indivíduos na classe de idades dos 21 aos 25 anos. A excepção é nos anos de 1860/69 em que a idade sobe para os 26-30 anos. Também neste período de quase meio século, 6 rapazes de 20 anos, menores, tiveram autorização expressa dos pais para se casarem e celebrou-se o casamento de uma rapariga com 15 anos de idade.

Igualmente passamos a dispor da indicação das profissões dos noivos e das testemunhas. Nos primeiros predominam os jornaleiros, seguidos de perto pelos criados de servir e pelos cultivadores. Moleiros e pastores são também em grande número (25 e 29 respectivamente), sendo reduzido o número de homens dos ofícios. Do lado das noivas a referência é maioritariamente “serviço doméstico”, um número pequeno de “ocupada no serviço agrícola” (11) e costureiras (7). Do lado das testemunhas, a enorme distância, surgem os proprietários (mais de 170); moleiros (mais de cinquenta) e pastores (mais de 40) dão bem a imagem da importância social atribuída a estas profissões.

A análise dos números deixa-nos algumas interrogações que no futuro tentaremos esclarecer: qual a razão da diminuição abrupta de casamentos na década de 1860 e quais as razões de um aumento significativo de matrimónios – detectados numa pesquisa direccionada para anos de instabilidade político-militar – nos anos de 1808, 1809, 1812 e 1846.

A estes elementos numéricos juntamos algumas informações sobre os costumes que acompanhavam a festa até aos anos 70 do século XX. Mantinha-se a preferência pelo casamento no Inverno e na Primavera, não havia despedida de solteiro mas era frequente o noivo oferecer uns copos de vinho aos amigos. O noivo ia buscar a noiva a casa e acompanhava-a e aos seus convidados. Quando se queria distinguir os noivos atapetava-se a rua com verdura e as raparigas levantavam à entrada da igreja arcos enfeitados com flores e cordões de ouro. A festa rija durava todo o dia consistindo as refeições em doces caseiros e pratos de cabrito e de borrego cozinhados de diversas maneiras. Terminada a boda os noivos permaneciam na aldeia gozando agora de um novo estatuto.

Luis Duque vieira

* Quaisquer dados referentes a pessoas nascidas na Póvoa após 1905 poderão ser enviados, por mail para vmpcar[arroba]gmail[ponto]com ou lourval[arroba]hotmail[ponto]com, ou ser entregues, directamente, a Luis Duque Vieira ou Vitor Carvalho na Póvoa de Rio de Moinhos.


Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=224&id=19937&idSeccao=2422&Action=noticia

sexta-feira, 12 de março de 2010

Genealogia e demografia, um projecto a desenvolver

Quando está prestes a terminar a série de artigos sobre a Póvoa – Ontem e Hoje, traz-se a público um projecto que tem sido desenvolvido paralelamente por um pequeno grupo de três pessoas que, embora dispersas por Portugal e pelo Brasil, se orgulham das suas ligações familiares com a Póvoa de Rio de Moinhos. Embora exista a intenção de vir a publicar autonomamente os resultados do trabalho em curso, entende-se, apresentar, desde já e de forma sucinta, o que se fez e o que se visa.

Como já referido em artigo anterior, um dos elementos do grupo, procedeu ao levantamento sistemático dos registos paroquiais da Póvoa de Rio de Moinhos, existentes no Arquivo Distrital de Castelo Branco (cerca de 1800 registos de baptismo, 800 de casamento e 2.500 de óbito).

Agora, os outros dois elementos Iniciaram o levantamento dos registos existentes na Torre do Tombo em Lisboa, no período decorrido entre 1560 (inicio do registo) e 1771 (casamentos e óbitos) e 1844 (baptismos), pretendendo-se completar o levantamento de todos os registos existentes entre 1560 e 1905. Para o período posterior, dado que os registos não estão disponíveis, restará o recurso a fontes alternativas, ou á memória das pessoas que o viveram *.

A informação recolhida possibilitará um estudo demográfico global da Póvoa e o conhecimento profundo de como aí se viveu, ao longo dos tempos. Entre muitos outros aspectos será possível saber com que idade se casava, quantas crianças nasciam, número médio de filhos por casal, quantos anos se vivia, nomes mais usuais, etc. Outro aliciante, consiste na possibilidade de apurar a árvore genealógica de qualquer família da Póvoa, ficando-se a saber quem foram os seus antepassados, eventualmente desde o século XVI, desde que se conheçam os que nasceram após 1905.

Embora, o levantamento dos registos existentes na Torre do Tombo ainda esteja em curso, prevendo-se que leve alguns meses a completar, o que só permite retirar conclusões válidas para o período integralmente levantado (1811-1905), é possível, no entanto, proceder a um ponto de situação quanto ao trabalho já efectuado.

Nesta altura, estão referenciados como tendo, comprovadamente, nascido na Póvoa, 7.619 indivíduos, dos quais, 3.879 raparigas e 3.703 rapazes, não sendo possível apurar o sexo de 37 indivíduos falecidos à nascença ou com registo ilegível. O indivíduo mais antigo referenciado, terá nascido por volta de 1520, embora o primeiro baptismo registado tenha sido o de um António, em 17 de Dezembro de 1560.

Desde 1530, os nomes femininos mais utilizados foram: Maria (1.567), Isabel (301), Catarina (293), Ana (212), Joaquina (180), Joana (159), Josefa (77), Leonor (73), Domingas (72), e Clara (64). Os masculinos: Manuel (830), José (397), António (333), Francisco (276), João (256), Domingos (256), Joaquim (177), Pedro (149), Alexandre (72) e Luciano (60).

Mas os nomes foram evoluindo como as modas. Se no século XVI o mais vulgar era chamar às raparigas Maria ou Isabel e, aos rapazes, Manuel ou António, também se usavam nomes como Gaspar, Lopo, Martim, Águeda, Brites, Bento, Mécia, Antão, Pascoal, Valeriana ou Simoa. Foi preciso esperar, pelo século XVII, para aparecerem as primeiras crianças de nome José, João, Joaquim, Joana, Clara ou Antónia e, pelo XVIII, para as de nome Joaquina, Josefa, Alexandre, Bernardo, Vitória ou Luísa. No século XIX, surgiram, pela primeira vez, os nomes Luciano, Hermínia, Carolina, Duarte, Cândida e Dâmaso.

No período 1812-1905, do qual já se podem retirar conclusões válidas, salienta-se um primeiro aspecto que pode ser abordado com certeza. A terrível mortalidade infantil que, à semelhança do que acontecia em todo o país, flagelou a Póvoa, até há muito poucos anos.

Refira-se, para enquadrar o problema ao nível do país, que a situação ainda no fim deste período, não era muito mais favorável, bastando recordar o afirmado no Parlamento, a 3 de Junho de 1908, pelo então deputado António José de Almeida, futuro Presidente da República: “Em cada 1.000 sepulturas abertas, em 1904, nos cemitérios de Lisboa, 326 foram para crianças e é sabido que a quinta parte dos portugueses que morrem por ano são crianças nos primeiros 12 meses de vida (...)”.

Na Póvoa, neste período, em média e por ano, registou-se o nascimento de cerca de 30 crianças e cerca de 15 óbitos. Destes, cerca de 62% foram de crianças até aos 10 anos de idade e cerca de 44% até aos 2 anos.

Dos 95 anos analisados, em 68, a mortalidade de crianças até 10 anos representou 50% ou mais dos óbitos verificados, salientando-se, a título de exemplo, os anos de 1818 (7 crianças em 7 óbitos), 1819 (11 em 12), 1820 (18 em 22), 1861 (5 crianças em 5 óbitos), 1875 (32 em 37), 1879 (13 em 14), 1881 (21 em 24), 1882 (18 em 22 ) e 1904 (18 em 22).

Ao nível dos casais que mais terão sofrido o impacto desta mortalidade infantil tão exagerada, salientem-se, entre tantos outros, os seguintes:

• Manuel Alexandre e Joana Duarte Beirão, casados em 1805, a quem faleceram 14 filhos, todos em tenra idade;

• Manuel Pinto Barata e Clara da Silva, casados em 1872, tendo falecido 10 dos seus 14 filhos, até aos quatro anos de idade;

• Dionísio dos Santos Saraiva e Inês Rosa, casados em 1813, que em idênticas circunstâncias perderam 10 de 13 filhos;

• Manuel Magro e Joaquina dos Passos, casados em 1874, que perderam todos os 8 filhos, falecendo a mãe aquando do parto do último;

• António José Mendes e Josefa Vaz que, entre 24/10/1808 e 21/12 do mesmo ano, perderam 4 filhos.

Vítor Carvalho, Luís Duque Vieira, Lourval Silva

* Quaisquer dados referentes a pessoas nascidas na Póvoa após 1905 poderão ser enviados, por mail para vmpcar [arroba] gmail.com ou lourval [arroba] hotmail.com, ou ser entregues pessoalmente aos signatários na Póvoa de Rio de Moinhos

Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=222&id=19664&idSeccao=2396&Action=noticia

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tradição saiu à rua

Canto das Janeiras é uma tradição revivida durante o mês de Janeiro das terras da Beira. A Freguesia de Póvoa de Rio de Moinhos não fugiu à regra e reavivou esta tradição.

Um grupo de pessoas da Freguesia organizou-se e cantou as tradicionais “Janeiras” pelas ruas da aldeia, algo que já há alguns anos não acontecia. As verbas recolhidas, num total de 2.151,30 euros, foram entregues à direcção do Centro Social dos Beneméritos de Póvoa de Rio de Moinhos, responsável pela construção do Lar, uma obra que já teve início.

A actividade revelou-se bem sucedida, quer para a população em geral, quer para as pessoas que directamente participaram., pelo que, o “Grupo de Cantares” vai ter continuidade, com outros cantares tradicionais da Freguesia, com o objectivo de recriar tradições que entretanto desapareceram.

Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=218&id=19127&idSeccao=2346&Action=noticia

Sensibilização nas escolas

O Núcleo Escola Segura da GNR de Castelo Branco realizou uma acção de sensibilização sobre “Bulling na Escola”, na EB 2/3 e Secundária de Alcains, onde estiveram presentes dois militares, 17 alunos e dois docentes.

Já o NES da GNR de Idanha-a-Nova realizou acções de sensibilização sobre “Bombas de Carnaval e Internet”, na EB 2/3 José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova, onde estiveram presentes quatro militares, 132 alunos e oito docentes.

O NES da GNR de Castelo Branco realizou ainda uma acção de sensibilização sobre “Segurança Rodoviária”, na EB 1 de Póvoa de Rio de Moinhos, onde esteve um militar, 21 alunos e dois docentes.

Fonte:http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=215&id=18694&idSeccao=2302&Action=noticia

PR: Recuperação económica não se fará apenas com "grandes projectos" ou "grandes empresas" - Cavaco Silva

Póvoa de Rio de Moinhos, Castelo Branco, 05 fev (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a recuperação económica do país não depende essencialmente "dos grandes projetos" ou das "grandes empresas", mas das iniciativas empresariais de menos escala e das "comunidades locais".

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
14:50 Sexta-feira, 5 de Fev de 2010

Póvoa de Rio de Moinhos, Castelo Branco, 05 fev (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a recuperação económica do país não depende essencialmente "dos grandes projetos" ou das "grandes empresas", mas das iniciativas empresariais de menos escala e das "comunidades locais".

"Devemos estar bem conscientes que não conseguiremos levar por diante a recuperação económica pensando apenas nos grandes projetos, na produção realizada nas grandes cidades ou pelas grandes empresas. Não podemos dispensar a actividade que se realiza nos concelhos de pequena e média dimensão, nas pequenas empresas e no mundo rural", disse, no arranque da segunda jornada do Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras.

No final de uma manhã em que visitou duas empresas de sucesso em Castelo Branco e inaugurou um centro de apoio tecnológico agroalimentar, o Chefe de Estado manifestou-se "absolutamente convencido" que é em iniciativas deste tipo que está "o suplemento que precisamos para acelerar a recuperação económica e criar mais emprego".


Fonte: http://aeiou.visao.pt/pr-recuperacao-economica-nao-se-fara-apenas-com-grandes-projectos-ou-grandes-empresas-cavaco-silva=f546905

O Clube da terra

O futebol foi a base para a criação do Clube Desportivo de Póvoa de Rio de Moinhos, já que, desde a década de 50, se juntavam os jovens da terra para formarem uma equipa de futebol que participava em jogos contra outras terras vizinhas e, nos anos 70, era uma constante a participação da equipa da Póvoa em diversos torneios, nomeadamente na cidade de Castelo Branco.

Foi deste modo que surgiu a necessidade de legalizar a Associação que já existia. E assim, a Acta Número Um refere: “Aos quinze dias do mês de Maio de mil novecentos e setenta e seis, por convocatória da direcção interina, presidida pelo senhor João Tomé Frederico, se reuniram na sua sede em Póvoa de Rio de Moinhos, os sócios do Clube de Póvoa de Rio de Moinhos, com a seguinte ordem de trabalhos:

1.º Eleição dos membros que irão fazer parte da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Direcção, até ao dia trinta e um de Dezembro de Mil novecentos e setenta e sete.

2.º Eleição de dois membros da Direcção com poderes para receber doações e fazer escrituras de todos os bens comprados ou oferecidos ao Clube.”

E foi assim que, no dia 15 de Maio de 1976, teve lugar a 1.ª reunião oficial do Clube Desportivo de Póvoa de Rio de Moinhos (CDPRM).

A data da fundação do CDPRM corresponde ao dia 29 de Abril de 1976, conforme estatutos publicados em Diário da República. Nesta primeira acta ficou também decidido que o dia do Clube seria sempre comemorado no dia 29 de Abril de cada ano, se esse dia fosse Domingo, em caso contrário, passava para o Domingo a seguir. Dessa mesma reunião saiu a primeira Direcção do CDPRM:

Assembleia Geral: Presidente - Manuel Maria Alves; 1.º Secretário – Luís Alberto Franco Brás; 2.º Secretário – Tomás Ramalhoso Goulão; Suplentes - Alexandre da Cruz Pereira e Ricardo Antunes da Cruz.

Conselho Fiscal: Presidente – Amélia Eugénia Franco da Fonseca Duque Vieira; Secretário – Francisco José Navarro Castelo Branco; Relator – Fernando dos Reis Garcia; Suplentes: Francisco Freire Mateus e Rui Manuel dos Reis Domingos.

Direcção: - Presidente João Tomé Frederico; Vice-presidente - Manuel Simão Martinho; Secretário – Victor Manuel Nunes Augusto; Tesoureiro – António Alexandre Pinto Roberto; 1.º Vogal – José do Nascimento Carvalho; 2.º vogal – Aníbal da Luz Mendonça e 3.º vogal – José da Ascensão Júlio.

A 16 de Janeiro de 1977 disputou-se o primeiro jogo de futebol do CDPRM, como clube federado, ao participar no campeonato de futebol de 11, distrital sénior, da Associação de Futebol de Castelo Branco. Esse jogo realizou-se no antigo campo de jogos da terra e teve como opositor a equipa de futebol de Unhais da Serra. O resultado final do encontro foi um empate a 3 golos.

Esta participação no campeonato distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco durou 5 épocas (1976/1977 a 1980/1981). Depois disso, o CDPRM teve outras participações em provas federadas, assim como, na época de 1994/1995, no campeonato distrital de juniores (futebol de 11). Mais recentemente, nas épocas de 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008, voltou a participar no campeonato distrital de seniores.

As participações em provas federadas podem ser consideradas dos pontos mais altos do CDPRM, no entanto, nos seus quase 34 anos de existência, o Clube Desportivo sempre tentou dinamizar a Póvoa, seja desportivamente seja recreativamente. Assim, durante a sua vida foram organizados diversos torneios: malhas, cartas, matraquilhos, futsal, etc.

Também a organização de festas populares, bailes, participação na feira anual da Freguesia, fizeram parte das actividades do Clube Desportivo de Póvoa de Rio de Moinhos. Numa das suas últimas actividades, em 2009, o CDPRM organizou o I Passeio de BTT.

Citando Vergílio Ferreira:” O importante não é o que acontece, mas o que acontece em nós desse acontecer!” É assim o Clube da Terra, da nossa Terra: o que acontece na vida do Clube não são simples e passageiros resultados ou participações desportivas, são fragmentos marcantes das nossas vidas.

É nesta atmosfera de reviver o passado e despertar para o futuro, que surge a responsabilidade de todos os que são ou foram sócios do CDPRM, e também para aqueles que o virão a ser, de continuar a escrever a História do CDPRM, não o deixando morrer no tempo, pois um Clube são os seus sócios!

João Paulo Ramos Martinho

Com este artigo, bem no tempo presente, entramos na recta final desta 1ª fase de divulgação da história da Póvoa. A próxima crónica remete-nos para o passado mais antigo. É um estudo aprofundado e que tem na sua origem documentos que já foram, aqui, apresentados anteriormente.


Fonte: http://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=218&id=19086&idSeccao=2350&Action=noticia